PENTACAMPEÃO – Análise Campeonato Nacional de Powerlifting 2017

Dia 3 de Junho teve lugar no Pavilhão de Alvarelhos (Trofa, Portugal) o Campeonato Nacional de Powerlifting.

A PREPARAÇÃO
Como é sabido, em 2016 tive de parar devido a uma lesão (fibrose no adutor), fazer 2 meses de tratamento, recomeçar só com a barra no agachamento (20kg) e mudar de Peso Morto Sumo Para convencional. Com a paragem, aliado ao facto de estar a trabalhar 16 horas por dia na altura, o peso corporal aumentou com facilidade, atingindo os 98kg em Janeiro. Nessa altura iniciei a preparação para o Nacional com o objetivo de poder igualar o total de 2016 (categoria de -75kg), na categoria de -82,5kg, visto que já tinha revelado que não voltaria a competir em -75kg. Acabei por optar por não fazer um corte de 98kg para -82,5kg pois isso iria ter reflexos no meu objetivo e o que eu queria era poder evoluir para igualar o meu total ou então melhorá-lo, optando assim por ir em -90kg.

Toda a preparação correu muito bem. Nunca me senti perto do máximo no agachamento e isso é fundamental para não ter reincidência na lesão, pois a fibrose apesar de diminuta, continua cá. Um mês antes do Campeonato Nacional já andava a bater recordes pessoais e o meu Peso Morto Convencional já estava a apanhar o Sumo.

PRÉ-PROVA
Este ano foi num local espaçoso e bem equipado. O corte de líquidos, a reposição dos mesmos e nutrientes foi completamente pensada e o ambiente fresco que se fez sentir no local da prova, ajudou muito (se há coisa que não gosto é de calor numa prova). Tudo muito bem organizado e com muito espaço para os atletas descansarem e aquecerem, nunca me senti tão tranquilo numa prova.

O AQUECIMENTO
Como tinha bastanto espaço, optei por começar a fazer a minha rotina de alongamentos para o Agachamento, cerca de 1 hora antes de começar a prova, algo que me ajudou bastante. O facto de ter levado a minha própria música e uma “peanut balls” ajudou muito no meu aquecimento e mesmo durante a prova, algo que nunca tinha feito por falta de espaço e tranquilidade. Estava tão tranquilo que até ajudei no aquecimento de outros atletas (alguns meus adversários diretos) e orientei algum pessoal novato que estava a participar pela primeira vez, mostrando que o Powerlifting é um desporto onde reina sobretudo a amizade e que a luta é com nós próprios e não com os outros.

 

A PROVA
Tinha dois cenários imaginados para a prova. O pior seria ser desclassificado logo na abertura com 180kg no agachamento, que até era ambicioso para quem esteve lesionado. O melhor dos cénarios imaginados seria fazer 550kg de total e foi exatamente o que aconteceu.
Agachamento – abri a 180kg, subi para 190kg na segunda tentativa, mas como me sentia tão bem arrisquei nos 200kg para terceira tentativa e acabaram por sair, ficando também com uma ligeira contratura junto da omoplata direita, algo que a minha “peanut ball” resolveu 😉 Foi recorde oficial.
Supino – abri a 100kg, algo que sabia que iria ser fácil. Optei por aumentar apenas para 105kg por causa da contratrura e porque me queria guardar para o Peso Morto e ainda faltavam umas 6 horas de prova. Na terceira tentativa fiz 110kg que foi recorde pessoal e oficial e sairam com facilidade.
Peso Morto – cheguei até aqui com muita energia. Tinha uma abertura ambiciosa a 220kg. Pensei várias vezes em baixar, mas o aquecimento correu muito bem e orgulhosamente aqueci com os atletas mais fortes como o Sandro Eusébio. Saíram facilmente os 220kg, subi para 230kg na segunda tentativa, algo que já era recorde oficial para mim e também foi fácil. A minha última tentativa foi a mais arriscada, apenas tinha feito 232,5kg em treino 3 semanas antes, mas mesmo assim optei por 240kg que saíram mais fáceis do que eu pensava, sendo recorde pessoal, oficial e tendo me dado a vitória.
Resumo todos os movimentos válidos. Penso que não tive uma única luz vermelha durante a prova toda.
PÓS-PROVA
Ganhei o meu 5º Campeonato Nacional consecutivo, o último como Junior, pois passaria a Open no dia a seguir que era o meu aniversário. Como gosto de desafios, inscrevi-me também no Open, que surpreendentemente também venci. Não estava mesmo à espera… Após a minha última tentativa de Peso Morto, quando regressava à zona de aquecimento, os meus adversários vieram dar-me os parabéns e eu nem sabia porquê ahahaha É isto o Powerlifting!

 

RESUMO

  • CAMPEÃO NACIONAL DE POWERLIFTING RAW, JÚNIOR, -90KG 
  • CAMPEÃO NACIONAL DE POWERLIFTING RAW, OPEN, -90KG
  • 4 RECORDES OFICIAIS E 3 RECORDES PESSOAIS:
  • 550KG DE TOTAL – RECORDE OFICIAL E PESSOAL
  • 200KG DE AGACHAMENTO – RECORDE OFICIAL
  • 110KG DE SUPINO – RECORDE OFICAL E PESSOAL
  • 240KG DE PESO MORTO – RECORDE OFICIAL E PESSOAL

CONCLUSÃO
Foi a melhor prova de sempre 😀
Provavelmente, com muita pena minha, não voltarei a competir tão cedo, pois tenho outro tipo de objetivos e pretendo organizar a minha vida. Quando voltar, voltarei ainda mais forte, provando que um atleta natural também pode chegar longe. Não é um adeus, é um até já…

 

Trabalho Acessório para Supino & Agachamento

Mais alguns exercícios que usei como acessórios para o meu Supino e Agachamento:
Remada Pendlay – Ajuda-me não só no supino como no agachamento. Upper-back.
Supino com bandas elásticas – quanto mais o elástico estica, maior é a resistência. Ideal para trabalhar a parte final do movimento com este elástico mais duro.
Agachamento com Pausa – ideal para trabalhar a profundidade porque estava a precisar e para uma melhor saída do “buraco”.
Exercícios acessórios devem servir para te ajudar nas falhas que tens, mas primero é preciso descobrir onde estão as falhas. Não façam exercícios por fazer 😉
Contata se tiveres dúvidas.
Subscrevam o canal de youtube aqui->>https://www.youtube.com/BrunoTeixeiraPT

Seminário de Powerlifting – Porto, 15 de Outubro de 2016

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A convite do amigo Eduardo Fonseca, estive no passado dia 15 de Outubro no Porto a dar um Seminário de Powerlifting. Abordei vários conceitos, tais como:

  • O que é o Powerlifting?
  • Spotting
  • Técnica base de Agachamento
  • Técnica base de Supino
  • Técnica base de Peso Morto convencional e sumo
  • Movimentos auxiliares
  • Programação

Foram 3 horas muito bem passadas no espaço fantástico do Portugal Kettlebell Club, com um grupo muito interessante do qual faziam parte duas atletas internacionais de Kettlebells (se não estou em erro Polacas), tendo por esse motivo a formação ter sido realizada em duas línguas: Português e Inglês.

Embora no Kettlebell Sports o treino de força não seja algo de extrema importância, pelo menos ficaram com uma pequena base técnica para utilizar numa programação mais direcionada para a força.

Também serviu como uma excelente forma de promover o meu desporto: Powerlifting!

O conhecimento não serve de nada se não for partilhado e a ensinar também aprendemos muito

Foi sem dúvida um momento enriquecedor e espero que todos tenham gostado tanto como eu!

Nota: Para futuros seminários podem-me contatar através do meu email, do email da ONE WAY, ou através das várias redes sociais quer minhas, quer da ONE WAY.
Informações relacionadas com Powerlifting podem contatar a WPC Portugal ou o seu presidente Sandro Eusébio.